segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mais uma tarde agradável...

Mais um dia comum, acordando de forma comum, de saco cheio do mundo e de mim mesmo, diabos não seria muito mais simples se já soubéssemos o que iria nos acontecer durante o dia, como por exemplo:

”hoje vou morrer, hoje vou ter uma porcaria de gripe ou até vou transar hoje à noite e pegar uma DST”.

Infelizmente não temos esse poder e eu muito menos sou adivinho então fiquei mais alguns minutos deitado na minha cama, nu e olhando para o teto com o olhar todo perdido em meus pensamentos.

Levantei, já eram quase 10 horas da manhã, dei aquela habitual coçada na bunda e praguejei por ter levantado tão cedo, nunca levanto antes das 11, levantar cedo destrói o meu pique para tomar drinks durante o dia. Fui ao banheiro, me olhei no espelho e continuava o mesmo caco de sempre, escovei os dentes, sentei na latrina e dei uma bela cagada de cerveja da noite anterior, a cagada que se dá depois de um porre de cerveja é sempre sensacional. Enquanto cagava me perdia em pensamentos sem sentido, coisas estúpidas e pouco aproveitáveis a minha vida, levantei fiquei meio inclinado, peguei o papel enrolei com todo cuidado e me limpei, dei descarga e vi indo embora esgoto abaixo um pedaço importante de mim, minha bosta é realmente importante para mim. Entrei no chuveiro, sempre tomo banho depois de defecar, deixei a água morna cair por alguns minutos, passei shampoo e deixei a água cair novamente em minha cabeça, a dor de cabeça que eu estava era lancinante, quase me sentei, mas encostar o meu cu no piso frio não seria uma boa idéia.

Sai do banheiro enrolado na toalha, fui até a mesa da sala e peguei meu maço de Lucky Strike, tirei um cigarro de dentro e acendi de forma lenta para curtir a fumaça do primeiro trago, peguei o telefone e liguei para minha ex-mulher.

Aguardei alguns instantes até que o toque parasse e ouvisse a voz do outro lado da linha.

- Alo, Letícia sou eu o Marlon tudo bem baby?

- Oi Marlon, aconteceu alguma coisa?

- Nada é que estou entediado, levantei muito cedo e estou de ressaca, preciso beber.

- Você deveria parar de beber, bebe feito uma esponja, vai acabar morrendo.

- Bebida e como levantar-se e tomar uma xícara de café.

- Nossa isso é realmente deprimente heim, por isso você está esse caco.

- O que você vai fazer hoje?

- Marlon, por Deus, meu advogado disse para não falar mais com você.

- Eu paguei pelo seu advogado, você deveria ao menos ter a “bondade” de sair comigo às vezes.

- Isso não importa você não deve mais me ligar, meu advogado me disse isso.

- Não podemos mais nem ser amigos, amizade a cores hehe?

- Não, não quero ser a psicóloga de um bêbado desajustado e que acha que é um gênio!

- Mas eu sou um gênio, infelizmente só eu sei disso, serei descoberto depois de minha morte e todos os malditos dirão “como Marlon Alcântara era genial oh”!

- Tudo bem, mas prefiro homens velhos e ricos, são melhores.

- Não na cama baby!

- Melhores que você com certeza.

- Pros diabos sua vagabunda.

Pipipipipipipipipipipipipi.

“Merda ela desligou na minha cara” – pensei.

Tentei ligar de novo, mas é bem provável que ela tenha tirado o telefone do gancho, pois só dava sinal de ocupado, “merda, não tinha mais nada a não ser minha dignidade e aquela vaca me levou tudo, meu dinheiro, e agora tirou minha dignidade desligando o telefone na minha cara”.

Resolvi trabalhar um pouco, escrevi alguns textos engraçados para o jornal que trabalhava e enviei tudo por e-mail, essa é a vantagem de ser um jornalista disputado, trabalhava em casa e minha única obrigação era escrever alguns textos sobre política com um toque de sátira e cinismo e pronto, ganhava meu salário sem pentelhação, sem ter que ver chefe algum e só tinha que passar na redação uma única vez por semana para buscar meus contracheques, para continuar bancando minhas extravagâncias, era só escrever mais algumas bobagens para outro jornal e pronto, poderia pagar minhas contas e minha bebida sem nenhuma dor de cabeça. Quando se é um apreciador de bebidas e não se tem dinheiro é muito duro, mas a verdade é que até aquilo estava me chateando, não queria mais fazer nada, nem escrever, nem fuder com alguma tiriça, queria apenas beber...

O dia foi passando como se passa a vontade de mijar quando se vai ao banheiro, olhei para o relógio e vi que já eram quase seis horas da tarde, olhei para a mesa de canto da minha sala e vi que já tinha matado 13 latas de cerveja, o cinzeiro ao meu lado estava repleto de bitucas, levantei do sofá e me senti um pouco tonto, precisava comer alguma coisa, não poderia viver apenas de álcool, infelizmente.

Fui à cozinha, abri a geladeira, peguei mussarela, maionese, presunto, orégano e mostarda, achei o pão de forma no armário da cozinha e preparei um lanche, abri a geladeira novamente e peguei mais uma lata de cerveja. Percebi que era a última, tomei a lata em duas talagadas, fui para o quarto me vesti e resolvi sair para buscar mais algumas cervejinhas, e quem sabe uma garrafa de alguma boa vodca.

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Fui caminhando sentido a Domingos de Morais, subi a Rua Eça de Queiros, passei a Cubatão e logo estava na Domingos, avistei a Esfiha Chic e a Vergueiro, atravessei a avenida e cheguei em uma bar na esquina da Correia Dias, parei lá.

- Campeão me desce uma Skol.

Ele me trouxe a garrafa e um copo colocando tudo em cima da bancada.

- Algo mais amigo? Ele me perguntou.

- Claro, manda uma Ipioca com limão.

Ele me trouxe virei em uma talagada e pedi um ovo cozido desses amarelos, peguei o sal e abri com uma técnica toda especial que se aprende com a vida, que é quebrar às duas pontas encaixar na boca e soprar e lá se vai a casca com a maior facilidade que existe, comi, estava meio marrom por dentro mais estava gostoso, aquilo iria me satisfazer.

Um velho sem nenhum dente na boca sentou-se ao meu lado, isso me incomodou, pois havia vários lugares vagos, ele pediu uma cerveja e uma pinga com limão tomou a pinga com limão de um só gole e começou a beber a cerveja, olhou para mim e deu um sorriso, sua boca sem nenhum dente foi uma cena deplorável, fiquei deprimido automaticamente, virei o restante da minha cerveja me levantei e me dirigi ao caixa para pagar, não podia agüentar aquele velho banguela ao meu lado, seu bafo era horroroso, sua cara me dava asco, não tinha como permanecer ali, entreguei ao caixa uma nota de 10 pratas, ele me deu 3 reais e algumas moedas, mas nem quis conferir o troco, o importante era sair de perto daquele defunto vivo.

Caminhei de volta a Domingos de Moraes, estava bastante à vontade vestindo uma camiseta do Ramones, bermuda e chinelo de dedo, acendi um cigarro, resolvi que devia voltar para casa, mas tinha que comprar cerveja, aquele maldito velho no bar havia me deixado nervoso em relação às pessoas, não queria a companhia de mais ninguém naquele maldito dia.

Entrei no Ecom, comprei uma caixinha de cerveja, salame e meia dúzia de ovos, aquela seria uma tarde agradável, no caminho ao caixa peguei uma garrafa de Dreher e parei na fila.

A mulher do caixa não fazia questão nenhuma de ter velocidade no que fazia, passava cada produto no leitor com tremenda calma e nem olhava para os lados, somente aquele caixa estava atendendo, e cada vez que chegava algum velho às pessoas bufavam por ter que ceder seu lugar na fila, lamúrias de todos os tipos incrementavam o ambiente, eu para falar a verdade não estava nem ai pela demora.

Chegou minha vez passei os produtos paguei, peguei o troco e sai, iria direto para meu apartamento, aquela seria uma tarde bem longa.

Ao chegar em casa reparei que a porta não estava trancada, aquilo era estranho, mesmo bêbado sempre tive o costume de trancar a porta, entrei meio receoso, um ladrão dentro de casa iria com certeza estragar minha tarde de bebedeira, às luzes estavam acessas e tocava Good Sister, Bad Sister, olhei para o meu sofá e lá estava minha amiga de nova data Angélica.

-Hey Baby, como entrou?

-Marlon, você ficou bêbado o bastante da última vez que trepamos, me pediu em casamento e me deu uma cópia da sua chave quando estávamos naquele Motel Vagabundo.

Angélica virou um gole de vodca com energético e cruzou às pernas, a visão era linda, Angélica era uma mulher alta, provavelmente 1,80, pernas magníficas, seios pequenos, mas na medida certa e ainda com piercings, um corpo bem feito, odiava usar calças, sempre estava de vestidos justos que deixavam seu traseiro totalmente empinado e fascinante, era uma mulher bonita e extremante sensual, sabia usar às pernas como nenhuma outra, inteligente, esculachada, gostosa, boa de copo e principalmente de cama.

-Baby eu te amo.

-Hahahahaha, você é um canalha completo, mais é uma gracinha, por isso sempre volto.

Levei às bebidas para cozinha, guardei os ovos e coloquei a cerveja para gelar, peguei um copo e fui para sala me sentei ao lado dela me servi com um pouco de vodca e a beijei colocando minha mão por entre às suas pernas, Angélica gemeu no meu ouvido, queria possui-lá naquele exato momento, mas precisava beber, acendi um cigarro e a olhei.

-Você está apaixonada por mim!

-Acho que pelo seu papo e pelo seu pinto, não por você.

-Eu sou o melhor.

-Você é muito bom, tem potencial menino.

-Acho que vou te foder agora! – disse virando mais um copo de vodca e apagando o meu cigarro.

Começamos a nos beijar, e a primeira foi na sala mesmo sem nem ao menos eu ter tirado toda roupa, fomos para o quarto e a comi de todas às formas, Descobri que teria que foder com ela durante muito tempo, pois tínhamos o encaixe perfeito na cama, transamos a noite toda e dormimos.

Acordei sendo chupado de forma animal, e trepamos novamente e dormimos de novo, aquela era uma boa vida, beber, trepar e dormir.

Angélica acordou escreveu um bilhete e foi embora, a vida de Angélica não era dentro de casa. Angélica não gostava de ficar presa, talvez por isso nos demos tão bem, e por isso hoje falo que ainda falta fazer muitas coisas com a Angélica.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Uma noite em Sodoma!

Angélica não parava de se perguntar o que fazia naquele lugar, mas toda vez que olhava para seu copo com um bom drink, dizia que valia a pena. Falácias por todos os cantos jaziam naquele lugar, o cheiro forte de cigarro e bebida impregnava todo o ambiente de forma mágica, Angélica sorria por estar ali, seria mais uma entre suas inúmeras aventuras.

Angélica era uma garota cheia de vida, adorava novas experiências, e jamais recusava algo que lhe agradasse, queria experimentar novas coisas e sempre dizia para si mesma "foda-se, a vida é uma só, tenho que curtir minha vida como a Courtney Love hollywoodiana" e era exatamente o que fazia, no reveillon em Santos, conheceu por curiosidade um grupo de pessoas, essas pessoas chamaram sua atenção, e sem pudor algum se aproximou delas, havia um homem gordo deitado no chão com duas garotas de biquíni o pisoteando, se aproximou com curiosidade e perguntou o que estava acontecendo, com a voz já um pouco alterada devido ás bebidas que havia tomado, o homem mandou que ela a pisoteasse, e ela o fez com um sorriso de satisfação no rosto e o pé imundo devido a caminhada descalça que estava fazendo. Neste grupo descobriu que o homem gordo estava acompanhado de sua mulher, conheceu o casal, a mulher alta e esguia, um corpo bem torneado, adornado por belas tatuagens, cabelos loiros e com certeza uns quarenta anos, o marido, um gordo, alto com uma voz poderosa, com os cabelos rasos e uma cara bastante simpática, Angélica queria bebida, e lá eles tinham a bebida a oferecer, e foi isso que fez bebeu até o máximo que seu fígado podia agüentar.

- Você é daqui mesmo? Perguntou a mulher loira para Angélica.

- Sim moro em Santos. Respondeu Angélica acendendo um cigarro e disparando a fumaça azul em direção ao céu.

- Vamos para São Paulo com a gente! Nós temos uma casa lá, você trabalha conosco.

- Vai se fuder, não sou prostituta!

- Não Angélica, não é esse tipo de casa, nós temos uma casa de podolatria.

- Podolatria! Não sei não.

- É sério, achei seu pé lindo, você se daria muito bem, e às pessoas te pagariam para ser pisoteadas. Você iria pisar e bater em todo tipo de doido sado.

- Quando?

- Quando quiser.

A mulher entregou o seu telefone e endereço da casa e pediu para Angélica passar lá quando quisesse.

Angélica voltou para sua casa decidida a ir ver o que seria aquela nova experiência, e foi o que fez quatro dias depois, pegou algumas roupas, e foi para rodoviária, destino São Paulo - Osasco.

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Chegou em Osasco depois de mais ou menos duas horas de viagem, foi destino a estação de trem e pegou a linha B Diamante sentindo a estação Palmeiras Barra Funda, chegou na Barra Funda, 20 minutos depois e fez a baldeação rumo a Sé, desceu na estação Anhangabaú e foi caminhando até a rua Nestor Pestana.

Chegou ao seu destino após alguns minutos de caminhada e de perguntas para taxistas de como chegar. Finalmente encontrou o local que estava marcado no papel que Angélica anotou após finalmente ter ligado para a mulher que havia conhecido.

Pronto, lá estava Angélica, tocou a campainha e foi atendida pelo homem gordo, que logo que a viu esboçou um sorriso de orelha a orelha, dando um abraço e a convidando para entrar com bastante receptividade.

Logo que chegou foi apresentada para as meninas que trabalhavam lá, fez amizade com algumas e bebeu, foi descansar em um dos quartos, tomou banho, se arrumou e desceu já no final da noite.

Ouviu às regras da casa.

- É proibido todo e qualquer contato físico da canela para cima, proibido sexo e troca de telefones, e-mails ou qualquer merda moderna. – dizia um homem que provavelmente era o segurança pelo tamanho e imponência.

Angélica não sabia direito o que estava fazendo ali, mas simplesmente a bebida era de graça e passar um final de semana em São Paulo de forma diferente a atraiu, ela olhou para o lado com seu copo de Vodca na mão e viu um homem de quase 1,90 de altura sair de uma sala escura, por mais que seus olhos não acreditassem no que estava vendo, o homem estava vestindo uma cinta-liga, e já saiu sendo chicoteado por uma das meninas, ela deu um sorriso e pensou “foda-se a bebida é de graça".

Passou por cima de alguns sujeitos e os caras sentiam prazer em ser pisoteados, e ela pisoteava sem a menor dor e pudor, no final das contas Angélica estava se divertindo.

Com a bebida na metade da madrugada, nada era mais estranho para Angélica, tudo já estava sendo perfeitamente normal, mas tudo aquilo era demais, e ela resolveu que aquela seria uma única experiência, que não prolongaria aquilo para mais uma noite. Definitivamente não podia ficar em um lugar que se podia beber trabalhando, não daria certo.

Quando eram 03h30min da madrugada, Angélica resolveu sair, queria curtir um pouco São Paulo. Havia conhecido uma garota, o nome era Jaque. A garota também era do litoral, e estava ali a alguns dias a mais que Angélica, já havia saído algumas vezes, e vez ou outra transava com algum sortudo que encontrava em um bar.

Resolverão sair de lá, Jaque conhecia alguns lugares, e aquela noite com certeza seria uma noite agradável para se beber.

- Para onde vamos? Perguntou Angélica.

- Conhece a Rua Augusta?

- Só de nome.

- Pronto vamos para lá, tem muita coisa engraçada e a bebida não é tão cara.

- Ótimo, quero beber. Disse Angélica com a voz alterada, mas ainda lúcida o bastante para saber que aquele fim de madrugada ainda seria muito bom.

Pegaram um taxi, após alguns poucos minutos chegavam a Rua Augusta, pagaram a corrida e desembarcaram, estavam na maior Sodoma e Gomora de São Paulo, pararam em um boteco e beberam para começar a noite, após alguns drinks e risadas saíram e foram caminhar. Às duas garotas eram totalmente parecidas, bebiam, vomitavam e riam, riam tão alto que suas gargalhadas faziam uma junção perfeita com a noite de São Paulo, algumas pessoas mais tradicionais passavam e às fulminavam com o olhar, elas não estavam nem ai, quem estivesse incomodado que fosse para casa dormir, a noite era delas e elas usavam da melhor maneira possível, bebericando em cada bar que passavam, saiam, vomitavam e bebiam mais, eram alma gêmeas de copo, sabiam como se divertir, alguns caras passavam e tentavam se aproximar, elas os repudiavam e gritavam que eles eram feios os humilhando e deixando com cara de patéticos, Angélica não queria saber de sexo aquela noite, aquela noite seria uma diversão nada sexual, queria apenas beber.

Depois de passarem por muitos bares, nada que bebiam parava em seus estômagos, às duas garotas totalmente bêbadas, abraçadas cantavam Drive My Car dos Beatles e riam, e na madrugada já em seu final, podia-se ouvir de longe a cantoria daquelas garotas totalmente bêbadas.


Baby you can drive my car
Yes I'm gonna be a star
Baby you can drive my car
And maybe I love you
Beep beep'm beep beep yeah
Quando já não agüentavam mais tanta bebida, resolveram pegar um táxi e voltar, contaram todas às moedas e juntaram notas amassadas para negociar um preço de corrida, o taxista aceitou o valor oferecido e às levou de volta à casa de podolatria, entraram, o segurança com um ar de repúdio por ver às garotas naquela situação às deixou entrar, Angélica e Jaque estavam tão bêbadas que não se deram ao trabalho de procurar algum lugar para dormir, sentaram juntas no chão e bêbadas se abraçaram, encostadas em uma coluna e dormiram como se já se conhecessem há séculos.

Na Manhã do mesmo dia, Angélica acordou e resolveu que tinha que ir embora, arrumou suas coisas, pegou o dinheiro pela noite de trabalho e se despediu de todas às garotas e de Jaque. Angélica e jaque não quiseram trocar telefones, não iriam provavelmente nunca mais se encontrar, mas aquela amizade feita em uma noite ficaria sempre em suas lembranças, angélica foi para o metrô sentido Jabaquara de lá pegaria alguma van e dentro de 1 hora estaria em casa, “preciso dormir” pensava Angélica, que cada vez que pensava em toda á loucura que havia vivido em 24 horas, abria um sorriso, e às vezes sussurrava Drive My Car e gargalhava, às pessoas que estavam no mesmo vagão a olhavam com aquele olhar de puro repudio, “foda-se todos” pensava Angélica e sorria.

Desceu na estação Jabaquara, encontrou uma van já de saída e a pegou, em menos de 5 minutos de trajeto, Angélica já dormia feito uma criança.

Aquela com certeza não foi a primeira e muito menos seria a última experiência de Angélica.