sábado, 26 de junho de 2010

Ceifeiro

Um drink na mão;
Mais uma vez solidão.
Dor, medo, frustração.
É a idade batendo à minha porta.
A foice da morte se aproxima.
Sinto cheiro de enxofre, cheiro de carne queimada.
Não quero ir!

Ouço passos.
A campainha soa de forma amedrontadora;
Me escondo atrás do meu sofá velho, viro meu drink de uma talagada só.
A campainha torna a soar.
Coloco meu copo no chão, me levanto, como vai ser tudo isso?
Abro a porta e aceito meu destinho.
Todos temos que partir.