segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quero sentir menos dor nas costas!

Como à vida passa rápido para alguns;
Qual o motivo de não aproveitarmos coisa alguma na vida?
Vivemos para juntar riquezas e quando alcançamos nossos objetivos, estamos pronto para vestir um "terno de madeira".
Será que nunca aprendemos?

Ainda ontem vi como o tempo está diferente, o verão não é mais verão.
O inverno não é mais inverno.
No meio de uma tarde ensolarada de sábado, cai uma tempestade, que faz seu sangue congelar nas veias.
Ainda ontem andava de bicicleta, hoje mal consigo andar alguns minutos.
Será que é o cigarro?
Não sei e também não quero ter resposta para tudo!
Quero algumas vezes passar por tudo sem errar, mas, é muito dificil.
Quero sentir menos dor nas costas.

Será que ainda teremos sol ou chuva daqui a mil anos?
Não sei e também não quero ter respostas para tudo.
Quero dar um passo de cada vez, e sentir a brisa tocar meu rosto.
Desde ontem, vivo o hoje e não penso no amanhã.
Será que estou errado?
Não sei e não tenho todas às respostas para minha vida.
Quero sentir menos dor nas costas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Você é Alcoólatra?

Estava começando a ficar totalmente deprimido, não queria fazer nada alem de fumar cigarros e ficar deitado na cama ouvindo Kiss FM, algumas vezes alguém tocava a campainha e eu fingia que não havia ninguém, mesmo o som estando alto, é que em certos momentos é muito melhor ficar escondido feito uma tartaruga em seu casco do que aparecer e ter que ouvir perguntas do tipo por que eu não fazia mais a barba, por que eu não cortava o meu cabelo ou escovava os meus dentes, isso tudo me deixava de extremo mau humor, já eram 3 da tarde de um belo sábado de sol.


O telefone começou a tocar com sua chata e insistente campainha, deixei tocar por algum tempo pensando que quem quer que fosse desistiria, foi em vão, o telefone parecia o sino da Catedral da Sé com o seu brim brim chato e aquilo me irritou até que me levantei do sofá e somente de cuecas e fui atender.

- Alô, quem é? – perguntei em um tom totalmente grosseiro.

- Boa Tarde, por gentileza o senhor Andrei Brandão.

- Sou eu.

- Senhor Andrei Brandão, aqui é da Central de Atendimento do Banco do Brasil, estou ligando referente a uma pendência em seu nome no seguinte produto, Ourocard Visa. O senhor está ciente desta pendência em seu nome?

- Sim diabos é claro que estou!

- O senhor tem um prazo para resolução desta pendência?

- Sim segunda feira.

- Ok, agendei seu pagamento para está data. O Banco do Brasil agradece sua atenção tenha uma boa tarde.

- Grato, passar bem.

Coloquei o telefone de volta no gancho, é claro que não ia pagar segunda, mas isso é uma boa tática contra cobranças por telefone, fui até a instante, olhei alguns CDs, e resolvi colocar para tocar o Babes In Arms do MC5, enquanto começava a primeira faixa do disco que era Shaking Street, que alias era a minha favorita do disco fui para banheiro sentei na latrina dei uma cagada daquelas, acendi um cigarro enquanto cagava e fiquei pensando na minha vida.

Terminei a “evacuação”, levantei e me limpei, sempre olhando o papel sujo, liguei o chuveiro e tomei um banho, já devia fazer uns 3 dias que não tomava banho, escovei os dentes debaixo do chuveiro, sai nu pela casa, fui até o quarto, abri o armário e coloquei uma camiseta do The Who, coloquei meu blue jeans, peguei meu Nike surrado e calcei o tênis sem saber ainda o que iria fazer.

Resolvi sair, eram quase 6 horas, o céu já estava perdendo seus tons claros e a escuridão ia invadindo o dia, peguei o ônibus, e fui em direção a Avenida Paulista, sem direção e muito menos rumo, diabos minhas férias estavam no último final de semana, isso fazia com que eu perdesse todo e qualquer senso de direção sobre a minha vida, precisava parar de trabalhar.

Desci no ponto do Masp, caminhei pela avenida. Fazia uma noite agradável, uma bela noite de verão, com belas mulheres na rua, famílias inteiras juntas saindo para caminhar e levar seus cachorros para cagar na calçada, às ruas cada vez mais pareciam campos minados de bosta de animais, isso me chateava pois algumas pessoas tem um faro maravilhoso para pisarem em fezes e eu era uma dessas pessoas, o pior mesmo era chegar bêbado em casa entrar no apartamento dormir e descobrir no outro dia de manhã que o carpete do quarto estava marcado pela bosta pisada na noite anterior, e que o cheiro de merda canina demoraria dias ou até semanas para sair.

Fui andando em direção a gazeta, iria ficar em algum bar perto do Black Dog.

Quem sabe encontro umas tiriças e arranjo uma foda esta noite. Pensei.

Cheguei a um bar, estava bastante vazio, também ainda era cedo, sentei olhei para a televisão que estava sintonizada na globo e vi que passava a novela, merda como eu queria que às televisões de bares só tivessem jogos para passar, infelizmente às novelas tomam conta do nosso país. Veio um garçom com cara de bichona e com um cheiro bem desagradável de loção pós barba e parou na minha frente com cara de manequim de defunto, olhei para ele e pedi.

- Uma Skol campeão!

- Bem gelada amigo?

Não pega a garrafa mais quente seu merda filho de uma puta amazonense e enfia no teu cu. – pensei, mas não falei nada, não tinha culhão aquela noite para uma briga, apenas sorri e assenti com a cabeça.

Uns dois minutos, e já estava bebendo e fumando um cigarro. Fiquei observando às pessoas passarem e quando já estava no final da minha cerveja avistei de longe um rosto conhecido.

- Andrei! E ai amor de boa?

- Sim!E ai baby, o que pega?

Era à Flavinha, uma bagunçada total que eu conhecia, até que bonita, mas bem acabada para os seus 25 anos.

- Então chuchu, vai ter uma festa na casa da Ângela.

- Quem é Ângela?

- A mina que sempre fica na Paulista bebendo, você a conheceu da última vez que bebemos juntos!

- Não me lembro baby.

- Deixa pra lá! Você está a fim de ir?

- Pode ser, onde é?

- Fica no paraíso.

- Hehe bem sugestivo o lugar.

- Precisa levar um Drink.

- Claro você está indo para lá agora?

- Estou sim.

- Já comprou o drink para levar?

- Ainda não chuchu!

- Vamos passar no extra da Brigadeiro então!

- Claro porque não, lá é bem mais barato.

Virei o restante da cerveja em uma única talagada e dei cinco pratas para o garçom.

- Vou buscar seu troco senhor. Disse-me o garçom com cara de bichona.

- Pode ficar com o troco campeão.

Pronto fiz minha ação do dia, deixei o troco para aquela bixa comprar preservativo para o seu macho e não pegar AIDS.

Fomos para o extra, conversando algumas trivialidades, entramos e fomos direto na direção das bebidas, peguei uma garrafa de Vodca e ela pegou uma de conhaque, pronto à noite estaria ganha, iria beber o suficiente para defecar mole uns dois dias, passamos no caixa e pagamos nossa compra, saímos e fomos em direção a estação de metro.

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Chegamos ao Bairro do Paraíso, Flavinha me disse que a Ângela era tudo de bom, que era uma mulher que lia Kerouac, Norman Mailer e Bukowski, que trabalhava com publicidade, que era Bissexual, e que ouvia desde Television até Chico Buarque, realmente pelo que a Flavinha me falou essa devia ser a mulher mais interessante do mundo, mas tudo tem um porem, e com certeza ela devia ser feia e gorda.

Descemos até a Rua Pelotas passamos pelo Multi Shopping e pelo Sesc Vila Mariana, e paramos em frente a uma casa próxima a um colégio.

- É aqui chuchu!

Flavinha logo tocou a campainha ficamos esperando, saiu um homem de uns 30 anos com uma barba gigante e o cabelo bem curto, um alargador gigante na orelha, tatuagens no braço, e deveria ter uns dois metros, olhou para mim com uma cara nada simpática, mas assim que viu a Flavinha abriu um sorriso.

- Rafão, tudo bem com você meu querido.

- Tudo boneca, você chegou cedo!

- É, resolvi chegar cedo para preparar uns drinks.

- Quem é seu amigo?

- Este é o Andrei.

Apertamos a mão, ele tinha um aperto de mão forte, mas logo abriu um sorriso e disse para eu ficar a vontade, mais tarde descobri que ele era dono de uma loja de camisetas na galeria do Rock e dividia a casa com a Ângela.

Entramos e a Flavinha pegou às garrafas e foi direto para a cozinha.

- E ai cara, vai uma cerveja. Ele me perguntou.

- Claro brother.

Bebemos sem nos falar, ficamos apenas sentados, e a cada minuto chegava mais gente, A casa estava lotada e cada vez mais bebidas chegando.

Ângela desceu às escadas, era linda, como aquilo era possível, alguém inteligente, com bom gosto e linda, vestia um vestido roxo que valoriza cada curva do seu corpo e deixava a mostra suas belas pernas. Usava um sapato melissa preto, com desenho da mulher maravilha, tinha algumas tatuagens, seus cabelos lisos e castanhos até a altura dos ombros e olhos escuros, grandes e profundos, donos talvez de toda a sabedoria do universo.

Flavinha nos apresentou, e Ângela elogiou minha camiseta, ficamos conversando sobre música, filmes e bandas de rock, alguém colocou para tocar Cold War Kids.

- Conhece essa banda? Ela me perguntou!

- Claro, eles são muito foda.

- Vejo que você tem um bom gosto e que conhece bastante de música.

- Curto muito ouvir boa música, qualquer coisa que eu faça com música sai melhor.

- Excelente filosofia, o que você faz para viver?

- Trabalho na área de marketing, sou designer gráfico.

- Interessante heim! Você me parece bem novo.

- Só aparência baby!

- Qual o seu escritor favorito? Ela me perguntou.

- Bukowski com certeza, curto muito ler esse cara.

- Ele é ótimo. Você escreve também?

- Nem um pouco.

Ficamos em silencio um minuto e ao fundo tocava God, Make Up Your Mind, a noite estava boa, minha cerveja acabou.

- Vou buscar uma cerveja, você quer? Perguntei.

- Não hoje estou bebendo só quente.

Fui até a cozinha, peguei uma garrafa de Rum na geladeira, preparei um copo, e virei em uma única talagada, peguei uma cerveja e voltei para sala, procurei Ângela e não a encontrei, estava uma bela bagunça e a musica já era outra, agora tocava Repulsion do Dinosaur Jr., virei minha cerveja e voltei à cozinha, logo atrás de mim veio o Rafão, peguei uma cerveja para mim e outra para ele, ele me pediu a garrafa de Vodca que estava no congelador, peguei e ele preparou dois drinks de vodca com Pepsi, bebemos.

- Você parece uma esponja cara. Ele me disse.

- Curto beber.

- A Flavia me disse que você bebe demais.

- Gosto muito de beber, abre sua mente, te deixa bem e faz com que você seja verdadeiro.

- Estou vendo, você nunca passa mal.

- Diabos é claro que sim, todas às vezes que bebo passo mal, bebo demais.

- Você é alcoólatra?

- Não tenho resposta para isso. O que é isso uma entrevista?

- Estou me sentindo bêbado com este drink que tomamos.

- Vou preparar outro para a gente.

- Não para mim já basta.

- Diabos é claro que não basta, vamos beba. Disse lhe dando o copo.

Ele virou e vi que segurou o vomito, porem não conseguiu por muito tempo, virou e vomitou na pia da cozinha mesmo.

- Meu Deus, só tinha vodca, você não colocou quase nada de refrigerante. Ele falou com a voz mole, reparei que do seu nariz saia algo.

- Coloquei apenas o suficiente.

- Meu Deus. Espero nunca mais beber com você!

Fiquei com o olhar fixo no seu nariz e aquele treco estranho saindo, vi que caiu em sua boca e ele passou a língua, realmente ele não devia beber muito.

Ele saiu da cozinha cambaleando e subiu às escadas para o piso superior da casa, reparei que ele quase caiu às escadas ao menos três vezes.

Preparei mais um drink de Vodca com Pepsi, virei em uma única talagada, matei também o restante da lata de cerveja e peguei mais uma, voltei para sala, que estava totalmente escura, apenas luz de velas e um som baixo que eu não consegui distinguir prevaleciam naquele ambiente, havia alguns movimentos estranhos em alguns pontos da sala, eram casais trepando por todos os lados, aquele lugar devia ser algum tipo de inferno na terra, um pedaço da luxuria do ser humano, o que sobrou de Sodoma.

Avistei Ângela encostada em um sofá, de pernas abertas, ela me olhou com uma cara do tipo de quem quer levar uma pirocada, sentei ao seu lado e a beijei.

- Eu amo você baby. Eu disse.

Continuei a beija - lá, coloquei minha mão no meio das suas pernas e afastei sua calcinha com meus dedos, ela ficou molhada assim que a penetrei com meus dedos e soltou um gemido em meu ouvido, enquanto a penetrava com os meus dedos, com a outra mão pegava em seus seios e com a boca a beijava.

- Vamos subir para o seu quarto?

- Não dá, hãaaa tem muita gente lá em cima trepando, vamos ficar aqui mesmo.

- Ela abriu o zíper da minha calça e me deu uma belíssima chupada, chupou até eu gozar, e depois engoliu até a última gota, levantou a cabeça e me beijou, montou em cima de mim e trepamos ali mesmo no sofá, gozamos juntos, ela me mordeu a orelha, gritou, gemeu, me aranhou e assim como montou em cima de mim, saiu e deitou em meu colo, dormiu, peguei minha lata que havia deixado no chão quando sentei no sofá, estava quente, tomei mesmo assim, fiquei olhando para o teto e dormi também.

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Acordei com o sol batendo na minha cara e aquele cheiro de pão na chapa, olhei para baixo e estava coberto com uma manta azul e amarela. Levantei e fui à cozinha. Olhei no relógio e já eram mais de 9 horas da manhã, Ângela estava preparando pão na chapa e café com leite, assim que me viu pulou em meu colo e me deu um longo beijo, eu estava com um hálito horrível, mas ela nem se importou, enfiou a língua na minha garganta e me deu um abraço, ela vestia apenas uma bermuda jeans e uma camiseta do Pearl Jan, seus seios estavas ouriçados, pois pude perceber o volume de seus mamilos através da camiseta, fui ao banheiro joguei uma água no rosto e arrumei o cabelo.

- O café está pronto, fiz pão na chapa e café com leite para você.

- Obrigado. Cadê todo mundo?

- Foram embora faz tempo.

- Porque você não me acordou antes?

- Tentei, mas você estava dormindo tão gostoso, que deixei você dormir.

Sentei a mesa e tomamos café ela me falou tudo sobre sua vida, sobre seu trabalho e de como foi suas experiências com homens e mulheres, disse que eu havia sido o melhor nos últimos tempos e que agora queria sossegar.

- Você mora sozinho Andrei?

- Sim, gosto da solidão e de fazer o que eu bem entender.

- Vem morar comigo.

- Uh, não sei, acabamos de nos conhecer baby, e se você enjoar da minha cara e me mandar embora?

- Sabe o Rafão?

- Sim o que tem ele?

- Era meu namorado, veio morar aqui comigo e depois de um tempo nos separamos, ele ficou aqui em casa para ajudar a pagar o aluguel e viramos amigos, caso nós dois não de certo, você fica aqui como meu amigo.

- Juro que vou pensar boneca.

- Acho que nos daríamos bem, temos gostos bem parecidos.

- Pode ser baby, agora preciso ir embora.

- Ok. Ela se levantou pegou um pedaço de papel e anotou seu telefone, disse para eu ligar para ela, eu disse que ligaria.

Ela me acompanhou até o portão me lascou um beijo e deu tchau, fui embora sem nem ao menos passar um pouco de pasta de dente na boca, na certa, mesmo depois de ter comido devia ainda estar com um hálito repugnante.

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Cheguei em casa, tirei toda a minha roupa, fui até a instante peguei o disco The Rise And Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars e senti minha barriga me alertar para uma iminente cagada, coloquei o CD para tocar, fui até minha cozinha, peguei na geladeira uma lata de Itaipava, abri e dei um gole, soltei um peido, senti que o próximo seria fatal, fui ao banheiro, sentei na latrina e fiquei pensando na minha vida.

Diabos amanhã é segunda, e terei que trabalhar, mas que merda de vida.

Soltei um peido "acompanhado", senti uma forte dor abdominal e prometi que não iria mais misturar bebidas para não ter mais essas dores na barriga, olhei para a lata de cerveja que tinha levado para o banheiro e pensei em não beber, mas não fiz isso, tomei toda a cerveja durante minha estadia na latrina, é claro que não cumpri a promessa de nunca mais misturar bebidas, no outro final de semana misturei tudo e sim tive dor de barriga no outro dia de novo, quanto a ir morar com a Ângela, isso seria uma coisa a se pensar.