segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sucção

Aquela garoa fina estava me atormentando. Umedecia meus cabelos, e como eu estava com o tênis furado já sentia a catástrofe que iria acontecer às minhas meias, e por mais que eu quisesse parar em algum lugar para me proteger do frio e da chuva, não conseguia. Parecia um robô andando pelas ruas de São Paulo, com os cabelos longos umedecidos, jaqueta de couro preta camisa branca estampando a minha banda favorita Beatles calça jeans preta e um tênis adidas que um dia pode ter sido branco, enfim estava totalmente andrógeno.

Já estava acostumado com à vista cinzenta que tinha da cidade. Com às garoas constantes em tarde ensolaradas que mudam em minutos e com a poluição, que pelo menos quando chovia não se sentia tanto, definitivamente o rotulo de cidade da garoa estava mais do que certo, eu andava de forma lenta sem preocupação sendo ultrapassado por pessoas que perante ao temporal iminente saiam correndo em direção a ônibus, metrô e lojas para se protegerem do "banho forçado", fiquei pensando em como seria legal se nevasse em São Paulo e me perdi em alguns pensamentos por alguns instantes, eu estava indo em direção a casa de uma amiga, na verdade estava sem vontade nenhuma de sair de casa, porem iria ter breja na faixa e isso não é algo que se tem a todo momento, portanto iria para lá sem pestanejar, iria beber, ouvir uma boa música e talvez descolar um broto para transar. A noite caia devagar sobre o céu da Avenida Paulista. Olhei para cima e uma gota grossa e forte caiu em meu olho, fiquei puto e xinguei até meus pais por fazerem sexo e ter me concebido.

Antes de chegar ao Trianon desci a Alameda Campinas, parei em uma padaria e comprei uma garrafa de vinho barata, iria fazer uma preza, desci até a Pamplona e me vi diante do prédio, toquei o interfone.

- Por favor, a Rafaela, bloco B apartamento 206.

- Quem é?

- Marlon. - disse.

- Um segundo - me respondeu uma voz fria sem felicidade e parecendo que vinha do alem.

Aguardei uns instantes, e logo a portão principal se escancarava a minha frente, entrei olhei para a cabine da portaria, acenei, sem resposta, dei um sorriso amarelo, sem resposta, continuei andando, quando estava na porta de entrada do bloco, a chuva havia estiado, dei um sorriso de agradecimento por ter estiado logo agora que iria entrar no apartamento, apertei o botão do elevador e aguardei.

A porta estava aberta, às luzes em sua maioria apagadas e um som leve e baixo vinha em minha direção.

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Aquilo me animou, Chico Buarque em um inicio de sábado a noite sempre me deixava animado.
Fui entrando e indo direto para a cozinha. Abri a geladeira e coloquei a garrafa de vinho para gelar, enquanto pegava uma cerveja e abria a lata com bastante vontade dei uma golada.

Fui para sala e já estava rolando outra música, que também me deixava bastante feliz e que era tão boa quanto a que estava tocando anteriormente.

Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?
Quem se atreve a me dizer?
Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?
Quem se atreve a me dizer?
Não, eu não sambo mais em vão
O meu samba tem cordão
O meu bloco tem sem ter e ainda assim
Sambo bem à dois por mim
Bambo e só, mas sambo, sim
Sambo por gostar de alguém, gostar de...

...Me lava a alma, me leva emboraDeixa haver samba no peito de quem...

- Essa eu sei que você gosta Marlon. Disse-me a Rafa só de toalha e com um sorriso nos lábios.

- Nossa essa é excelente, demais.

Olhei em volta e não tinha ninguém.

- Cadê todo mundo?

- Ninguém chegou chuchu.

- Marlon, espera um pouco que vou me trocar.

- Ok, mas não demora baby, vamos beber.

- Ta bom chuchu hihi. Disse enquanto se virava e ia em direção ao quarto se trocar rebolando aquele rabo lindo só coberto por uma toalha fina e branca que deixava suas curvas bem amostra.

Virei à cerveja em uma única talagada, sentei no sofá fiquei ouvindo o som, e aguardando, olhei para o lado e vi que a porta do quarto estava aberta, estiquei minha cabeça um pouco para trás e fiquei olhando ela se trocar, seios maravilhosos, ela estava apenas de calcinha, com a toalha enrolada em seus cabelos lisos e pretos, seus seios eram pequenos e os bicos rosados, sua barriga era trincada e tinha algumas tattoos pelo corpo, tive uma ereção, levantei e fui até a cozinha pegar mais uma cerveja para esquecer a visão que tive, diabos mulheres não foram feitas para mim, sempre entravam na minha via e tiravam até a última gota da minha dignidade, espremiam os meus culhões em espremedores de frutas e iam embora, queria apenas ser um homem solitário, durante algum tempo, apenas algum tempo.

Levantei fui até a zozinha e peguei duas latas e fui para a sala, sentei no sofá e aguardei mais um pouco enquanto a música rolava, abri mais uma lata e começei a beber.

Rafa sentou ao meu lado estava linda com aquelas calças que parece que a pessoa está cagada, usava havaianas e uma camiseta branca do Sonic Youth, cruzou às pernas e pegou a lata que eu havia lhe trazido, abriu a deu uma bela golada.

Começamos a conversar sobre escritores, música e os RockStars que morreram aos 27 anos, enquanto o papo seguia de forma descontraída olhei para a mesa de canto e lá se iam mais de 12 latas de cerveja e um cinzeiro repleto de bitucas, havíamos conversado tanto que nem tinha notado a hora passar, por Deus por que fumamos tanto quando bebemos, sei que peguei meu maço de Lucky Strike e acendi mais um cigarro ela também acendeu, ficamos nos olhando e senti que naquele momento poderia com certeza beija - lá, a campainha tocou.

Eram duas amigas, uma devia medir 1,80 facilmente, olhos verdes, seios grandes, usava saia e tinha belas pernas, a outra era baixinha e gordinha, com o cabelo muito estranho e estava com uma mini blusa, um desastre de Deus.

Às garotas entraram e na mão de cada uma havia um drink, com a bela havia Vodca, com a gorda havia Contini, no final das contas bebia qualquer coisa depois de 18 latinhas e nem saberia distinguir o que eu estava bebendo, elas entraram e todas às garotas começaram a falar ao mesmo tempo, senti que a gordinha me olhava, e pois bem ela realmente me olhava, diabos porque que eu havia cuspido na cara da sorte.

Enquanto elas falavam, eu bebia e ouvia música, fui até o porta CDs e coloquei o melhor disco POP de todos os tempos, Thriller que começa com uma música pederasta mas no geral é excelente, às garotas se sentaram e Rafa às apresentou como sendo Jane e Lika, Lika era a gorda, claro, elas até que enxugavam muito bem principalmente a gorda que preparava drinks com Vodca e entornava em uma só talagada, fiquei assustado, Lika soltou um peido deu um risinho e aquele cheiro podre de enxofre se instalou no ambiente, quase vomitei, às garotas riam e à chamavam de porca eu não dei a mínima, minha cerveja estava gelada.

- Que tal um pocker stripe? - Perguntou Jane.

- Diabos não. Vamos beber.

- Concordo com ele Jane. - Disse Lika e deu uma golada no Contini.

Estava começando a ficar bêbado e a gorda queria transar comigo, sentia isso, merda.

Às bebidas estavam começando a secar meu cigarro havia terminado e eu estava cerrando da Jane, que já estava bêbada o suficiente para falar um monte de bobagens sem sentindo sobre a criação e sobre os dinossauros, não dei a minima. O CD acabou, o silêncio invadio o ambiente e neste exato momento Jane e Rafa começaram a se beijar, eu não acreditava no que estava vendo e aquilo estava com certeza me deixando louco e muito excitado, quando olhei para baixo vi que a gordinha havia aberto a minha calça ela arqueou o corpo e estava me chupando de forma animal, nunca havia sido chupado de forma tão boa quanto aquela, ela me sugava até eu achar que meu pinto iria ficar fino.

Glup, Glup, Glup, a chupada estava tão boa que não conseguia nem me virar para ver a Rafa e a Jane se chupando, enfiei o dedo no cu da Jane.

- Filho da puta, tira essa merda de dedo do meu rabo.

- Desculpa!

Coloquei na buceta, ela não reclamou.

Enquanto eu era chupado, enfiava meu dedo na buceta da Jane que por sua vez metia a língua no meio das pernas da Rafa, era bacana a cena.

- Vou gozarrrr.

Glup, Glup, Glup.

- Ai eu vou gozarrrrr...

Glup, Glup Glup.

- Ahhaaaaaaaaaa.

Gozei e ela continuava sem tirar a boca, engoliu tudo enquanto chupava, iria ficar sem pau com certeza, iria afinar ou sumir feito picolé e no outro dia sairia nas manchetes de algum jornal estúpido.

GAROTO FICA COM O PAU ATROFIADO DE TANTO SER CHUPADO.

Estava com dois dedos dentro da Jana, que rebolava e molhava minhas mãos.

Bati uma para ela até que meus dedos ficassem ensopados e dormentes, senti ela gozar na minha mão, devia estar com toda a mão dentro dela.

- Vou gozar de novoooo.

Glup, Glup, Glup, ela parecia um desentupidor, era uma sucção impressionante.

- Ahhhh diabossss.

Gozei, foi tudo novamente na boca, vi tudo descer guela abaixo, ela passou a língua NELE durante algum tempo se levantou sorrindo e saltitante com um ar de quem manja do assunto e a boca cheia de porra, caminhou tranquilamente até o banheiro, deitei com o pau mole e pingando. Dormi.

Acordei, e já estava ficando claro, com exceção da gordinha às garotas estavam nuas, peitos para um lado bunda para outro xanas amostra e meu pau fino e mole caído para a esquerda, os bagos coçando.

- Tomara que ela não tenha chatos na boca. Pensei!

Levantei olhando para todas soltei um peido, cocei os bagos e fui ao banheiro, lavei o rosto e comecei a procurar minha cueca, a gordinha acordou e foi tomar banho, pensei em ir também mas mudei de idéia, achei um maço de L&M em uma mesa de canto na sala, e acendi um olhando para a rua, estava pelado, liguei a TV e estava passando um programa sobre Vacas, fiquei deprimido, terminei o cigarro e joguei pela janela, fiquei observando ele cair quase em cima de uma velha, desliguei a TV.

Lika saiu do banheiro, nua, era uma visão do inferno, colocou suas roupas na minha frente, outra visão do inferno, os bicos do seus seios estavam apontados para baixo. Às garotas acordaram e Jane e Lika começaram a pegar suas coisas para irem embora, Jane deu um beijo em Rafa e Lika aproveitando o embalo me lascou um beijo, o gosto era horrível, tinha mal hálito e sua língua era áspera e seca, me deu vontade de vomitar cada vez que ela enviafa sua língua em minha garganta, aquela língua só servia para outra coisa, pois bem o beijo acabou e elas foram embora.

Coloquei minhas calças mesmo sem achar a cueca.

- Toma café comigo? Perguntou Rafa.

- Não Baby. Tenho que ir.

- Tudo bem garanhão, beijos.

- Tchau boneca.

Sai do prédio e fui andando tranquilamente, o sol aparecia e minha cabeça começava a doer, estava com vontade de cagar, e a cagada que se dá depois de uma noite de bebidas é maravilhosa, parei na primeira padaria que encontrei e comprei um Lucky Strike, comprei chicletes também, acendi o cigarro, fui até o balcão.

- Vencedor, me dá uma Coca!

Ele trouxe aquela garrafinha de 290 ml e bebi em um único gole, pensei que meu peito ia estourar por causa do gás, mas passou. Coca é a melhor coisa para depois de uma noite de bebidas e cigarro, paguei a conta e fui para casa, precisava evacuar rapidamente.


Cheguei em casa e dei uma bela cagada, uma cagada depois de um monte de cervejinhas é maravilhosa, tomei um banho, enrolei a toalha e fui para meu quarto, peguei meu A Hard Days Night dos Beatles e coloquei para tocar, lindo, deitei na cama nu e fiquei olhando para o teto, o telefone tocou, não atendi, levantei fechei todas às cortinas e voltei a deitar com o cobertor até o queixo em meio aquela escuridão.

O resto do dia foi tão péssimo que nem vale a pena falar.