quinta-feira, 28 de julho de 2011

Apaixonado por uma puta!!!

Era mais um dia triste e sofrido de trabalho indo embora.  – Diabos. Perdi 10 horas da minha maldita vida. - Pensei eu todo jururu. A minha única alegria naquele dia insuportavelmente quente era o meu bom e velho salário na conta, que como já era o quinto dia útil de dezembro se acumulara com o décimo terceiro. Uma das poucas e boas coisas que o governo brasileiro havia nos dado.

- Falou chefe. – disse para o porteiro do meu trabalho caminhando de forma sofrida.
- Falou Marlon, até amanhã, vai com Deus.
- Obrigado e amem chefe. Fiz um movimento de joia com minha mão esquerda.

Fui caminhando até a estação de metro Carrão, próximo à estação havia um bar horrível, mal cheiroso, deprimente, cheio de pessoas sofridas, velhos com unhas amarelas, dentes escassos, cabelos ralos, caras sofridas e olhos sem o menor brilho, enfim era uma pocilga sem igual, atravessei a rua e entrei no bar, às vezes ia lá comprar cigarros e tomar algum trago lá, mas sempre saia rápido o bastante para não me deprimir com aparência daqueles malditos seres sem dignidade que lá frequentavam.

- Chefe me manda um Lucky Strike branco e uma Skol.
- É pra já xodó. - Me respondeu um maldito de uma cabeça chata, com luzes no cabelo, pele morena de sol e cara sofrida, tinha uma orelha que com certeza o fazia voar feito uma andorinha em seus dias mais plenos de tristeza e ainda tinha coragem de usar um daqueles brincos de imitação de diamante. O cara era feio ao extremo, era o filho do dono, devia ter acabado de chegar do extremo do nordeste, pois tinha um sotaque ainda bem carregado, o pai dele era o dono do bar, um cara sofrido, com olhos miúdos e nada simpáticos, não estava no bar naquele momento por sorte, iria ficar mais deprimido se ele tivesse.

Fiquei olhando uma mulher passar do outro lado da rua, seu rabo era maravilhoso, pensei em meter com ela durante anos e viver uma boa vida, porem não tinha sorte e capacidade o bastante para traçar aquele cu, sendo um proletário da mais nobre classe trabalhadora, gráfico.

- Ta aqui xodó, sua cerveja e seu cigarro meu bacana.
- Ok, e estiquei minha mão lhe passando uma nota de dez reais toda amassada.

Acendi um cigarro, que alivio, dei uma tragada forte e despejei cerveja em meu copo, matei o primeiro copo em uma única talagada, foi bem agradável, me servi de mais cerveja enquanto expelia a fumaça do meu tabaco tostado e sorvia bons goles da minha cerveja. Enquanto tomava minha cerveja, que apesar de o bar ser um lixo estava extremamente gelada tomei um tapinha nas costas.

- Fala ai Marlon.
- E ai Roberto de boa.
- Suave man. - Me respondeu já olhando para o atendente cabeça chata e pedindo um maço de Marlboro vermelho.

Roberto trabalhava comigo, era um cara bacana, um dos poucos que trabalhavam naquele lugar, era um frustrado no emprego igual a mim, ganhava bem, mais não era nem de longe feliz, rezava todos os dias para ser mandado embora, talvez por isso tivéssemos certa afinidade, ele não tinha a cara cinzenta que nem a dos meus colegas de trabalho, seus olhos eram vivos, brilhantes. Éramos de setores diferentes, eu era da área comercial e ele do financeiro, tínhamos uma afinidade musical muito grande e fumávamos tomando café durante a tarde sempre falando de nossas bandas e influencia musicais, minha banda favorita era Rolling Stones a dele era Doors, às vezes saímos para tomar cervejas e sempre bebíamos além da conta e ficávamos de ressaca no outro dia no trabalho e isso era uma tortura, Roberto era um dos caras mais feios que eu já havia conhecido, ele tinha uma cabeça engraçada, orelhas pequenas e nariz grande, seu queixo se misturava ao pescoço de forma melancólica, mas tinha um brilho nos olhos de quem vive, eu também não era lá essas coisas, por isso criamos um respeito mutuo, apesar de eu ter poucos amigos, considerava ele um amigo, pelo menos enquanto trabalhasse lá.

- E ai seu verme o que vai fazer hoje, qual o babado? – ele me perguntou com uma cara de sabedoria milenar.
- Porra nenhuma. Vou tomar algumas e ir embora.
- Estou de carro hoje, temos dinheiro na conta que tal irmos para um cabaré.
- Haha cabaré é ótimo.
- Sério man. Vamos pra essa porra tomar uns drinks e comer alguma xoxota.
- Sossega seu facho cara, gastar dinheiro em cabarés é algo que não faço há muito tempo.
- Vai tomar no seu cu porra, larga de ser frouxo, vai e pronto, mata logo esse copo e vamos pra lá.
- Caralho homem, depois para ir embora é um pé no caso.
- Você mora na Vila Mariana não é?
- Isso.
- Então pronto, te deixo lá depois, e outra hoje já é quinta, só vamos ter que trabalhar de ressaca mais um dia apenas.
- Quero mais é que se foda, vamos nesta merda então. – virei meu copo, acendi mais um cigarro e puxei uma longa e bela tragada do meu Lucky e saímos do bar.

Entramos no carro, ele ligou o som e fomos ouvindo Kansas.

- Você tem 170 pratas ai man? – ele me perguntou.
- Sim por quê?
- Porque esse é o valor da multa pela falta de cinto de segurança, então se você não quiser pagar isso coloca a porra do cinto.
- Pega leva paizinho, já vou colocar, e não me ofenda. – disse apertando o acendedor de cigarros e me preparando para fumar mais um tabaco enrolado e tostado.

Chegamos ao nosso destino em menos de quinze minutos, deixamos o carro no estacionamento e fomos entrando. Na entrada o segurança pegou nossos nomes, anotou em uma prancheta estúpida e sem fundamento e nos deu um cartão, nele havia um número de comanda, o nome do lugar era Castelo Bar e no verso do cartão em letras garrafais um aviso dizendo que a perda da comanda acarretaria no pagamento imediato de 600 reais. Enfim, entramos e chegamos a uma área de lazer, com mesas e cinzeiros, já que depois da lei antifumo, os fumantes tinham que fumar em locais abertos.

- Maldito José Serra. – praguejei.
- Você já vai começar?
- Porque, você me pergunta isso? Diabos você não está vendo, os fumantes são mais perseguidos hoje em dia do que os Judeus na 2ª guerra, isso é absurdo, tenho certeza que se o Serra fosse eleito presidente da republica, ele iria nos fazer andar com uma faixa no braço, só que ao invés de ter uma maldita estrela judia, teria um maço de cigarros e uma frase dizendo que fumar causa câncer.
- Hahaha, queria saber de onde você tira todas essas ideias. Relaxa e aproveita. No quarto você pode fumar, e outra, cigarro será a ultima coisa que você irá pensar no meio de todas essas mulheres gostosas.
- Esse lugar, caso Deus resolva fazer o apocalipse será um dos primeiros a ser queimado man, aqui iniciaria a faxina dos céus. – Disse apontando para os céus.
- Haha tomara então que ele não resolva fazer isso hoje, se bem que se é para morrer no Apocalipse que eu morra trepando feito um animal.
- Haha, tem a ver, que sucesso.

Descemos uma escada para o andar de baixo, o lugar era pouco iluminado mais bem agradável, havia uma mesa de sinuca em um canto, várias mesas de madeira, telões de LCD espalhados no ambiente, e um extenso e bom bar, com um garçom com uma cara bem simpática. Estava acostumado a lixos, mas esse puteiro era bem bacana.
Acomodamo-nos em uma mesa no canto, veio um dos garçons e anotou nosso pedido, duas doses de vodca pura e duas latas de cerveja e uma porção de salame com azeitonas, em poucos instantes já estávamos desfrutando de nossos drinks, pedimos mais duas latas de cerveja e mandamos trazer uma garrafa de vodca, sairia mais barato do que ficar pedindo em doses, bebemos e comemos e rimos. A ideia aquele dia era ficar bêbado.

- Chefe como é o seu nome? – perguntei ao garçom.
- Haroldo.

Roberto esboçou um sorriso ao ouvir o nome e o sotaque do garçom, mas quando ia fazer algum comentário uma das meninas da casa, se aproximou de nós, nos cumprimentou disse que seu nome era Carol e sentou-se ao lado dele, a garota tinha uma beleza fantástica, pequena, mas um corpo extremamente bem desenhado, cabelos lisos e pretos até a altura dos ombros, uma barriga maravilhosa e tinha uma tatuagem de dragão cobrindo toda a costela do lado direito do corpo, um sorriso fascinante.

- Vamos subir os três? - Carol nos perguntou.

Roberto me olhou com um olhar que já dizia tudo sem que qualquer palavra fosse pronunciada.

- Acho que vou ficar aqui em baixo bebericando meu drink, suba você com a Carol.
- Vamos velho, vai ser muito louco.
- Nem fodendo, não irei pagar para meter, meu dinheiro é para bebidas, somente para bebidas paizinho, se alguém quiser me dar levo para meu apartamento. – eu disse dando uma boa talagada em meu drink com um olhar de classe.
- Vamos cara, deixa disso!
- Sou um bom vivant, quero beber, se depois de beber me der vontade eu subo.

Roberto balbuciou alguma coisa que eu não entendi e me disse que eu era muito chato quando queria, um sorriso de escárnio brotou no canto da minha boca e o mandei tomar no centro do cu, ele puxou a xinoca perversa e os dois subiram para o quarto, dei mais um trago na minha vodca e pedi mais uma cerveja, aquela noite estava apetitoso, mas não para foder e sim para beber. Fiquei bebericando durante uns cinco minutos sossegados até que chegou uma garota ao meu lado com um perfume bem característico de garota da vida, um cheiro doce, cabelos castanhos e enrolados, uma mini saia que deixava suas belas pernas amostra, uma blusa bastante decotada, um batom vermelho, um salto altíssimo e um sorriso belo, me cumprimentou e me olhou com os olhinhos pequenos e verdes.

- Oi amor, meu nome é Rosa.
- Olá coração, Marlon muito prazer. Disse dando um beijo em seu rosto.
- Todo meu. Anjo me fala o que você procura hoje?
- Não procuro nada baby, apenas um bom drink e um pouco de dignidade.
- Quer diversão hoje?
- Já estou me divertindo, bebendo!
- Vamos subir e namorar um pouco vai.
- Não posso fazer isso coração. Estou apenas querendo drinks, toma alguma bebida?
- Sim tomo uma cerveja.
- Ok. – Acenei com um braço para o garçom, ele se aproximou e eu pedi uma cerveja para a Rosa, ele deu um sorriso amarelo que enrugou toda sua cara feia e virou às costas.
- Quero subir com você!
- Baby, estou bebendo, tem meia garrafa de vodca e já te disse que provavelmente não irei subir, quando terminar essa garrafa, talvez nem consiga andar, quanto mais foder.
- Você tem um olhar misterioso.
- Veja bem boneca... – fui interrompido pelo garçom trazendo a cerveja ainda com aquele sorriso imbecil no rosto. - Obrigado chefe. – me dirigi ao garçom. - Então boneca, voltando ao que estava dizendo, veja bem, não sei se devo subir, acho que não sou muito fã da ideia de pagar por sexo, se quiser ficar aqui comigo, eu te pago bebidas, mas se depois de uma boa conversa você continuar com a ideia de ir para cama comigo, iremos para meu apartamento, fora daqui.
- Vou te convencer a subir comigo amor.
- Pode tentar, mas creio que não irá conseguir. - Matei mais um copo de vodca numa talagada. Fiz careta com certeza, desceu queimando, joguei cerveja por cima, uma mosca começou a me incomodar, e a música que começou a tocar não me agradou, era uma dessas novas modinhas de pop com sertanejo, quis ficar bêbado o mais rápido possível, enchi meu copo de vodca e entornei metade goela adentro.
- Você bebe muito né?
- Bebo mais do que fodo pode ter certeza coração.
- Nossa seu linguajar é brega, mas vejo classe em você.
- É claro que tenho classe coração, sou um gênio, infelizmente hoje somente eu sei sobre isso, mas um dia serei descoberto, mesmo que for depois da minha morte, ou seja, algo que não tardara muito a acontecer.
- Que horror anjo. Não diga essas coisas, atrai má sorte. Mas me diga o que você faz da vida?
- Sou gráfico por necessidade de trabalho para pagar minhas contas, mas nasci mesmo escritor e gênio.
- Você é escritor, sério?
- Sou sim boneca e dos bons, modéstia a parte o melhor que eu conheço dessa geração que só tem pederastas cretinos e emos.
- Escreve sobre o que?
- Sobre tudo, sobre a vida, sobre bebidas, fracassos e dividas e relacionamentos ruins e tudo mais.
- Tipo Bukowski e Kerouac?
- Você conhece Bukowski?
- Claro é o meu escritor favorito, gosto também de Norman Mailer, Hunter Thompson, Celine e Fante.
- Puta que pariu! – exclamei com a boca entreaberta e de queixo caído, aquela garota tinha os gostos muito próximos aos meus.
- Não esperava né, uma prostituta que sabe e conhece muito bem os escritores marginais.
- Sinceramente não baby. Acho que me apaixonei por você.
- Hahahaha bobinho. Faço letras, adoro ler esses caras, acho que eles transmitem a vida da forma mais realista possível, Shakespeare que se lasque.
- Um brinde a você – Disse levantando o copo. - E porque trabalha nisso, tendo que abrir às pernas para vários homens? – Virei o restante da minha vodca.
- Primeiro que aqui eu ganho umas dez vezes mais do que no meu antigo emprego, segundo porque adoro sexo, e às vezes conheço pessoas bem interessantes, assim como você.
- Na minoria das vezes, eu não sou nada interessante, estou um caco pra minha idade, bebo feito uma esponja, e estou bem barrigudo baby. E sabe ainda tem o lance do tamanho do meu pinto.
- Qual o problema do teu pinto?
- É apenas pequeno!
- Duvido você tem um brilho nos olhos que fazia tempo que eu não via, parece ter um membro grande.
- Quem dera. Eu sou vivo, boneca eu sou um gênio, tenho dignidade, não me tornei e nem me tornarei cinza manja?
- Haha você é engraçado, mas acho que você tem até uma boa aparência.
- Não sou não, sou triste, tenho que levantar cedo e fico preso num emprego de dez horas dia, e sempre sou obrigado a fazer mais quatro horas de extra, sou um infeliz.

De repente vi a cafetina da casa vindo em nossa direção com a cara fechada de poucos amigos, ela era um desastre, gorda e tinha um cabelo engraçado, sorri e esperei que ela se pronunciasse. Devo ter esperado por mais de um minuto, até que não me aguentei e proferi o seguinte.

- Coração, você quer fazer amor comigo? Pois já está prostrada na minha frente a mais de um minuto, posso lhe ajudar? – disse sorrindo e me servindo de mais vodca.
-Eu quero saber se você vai pro quarto com minha menina ou vai ficar enrolando e amaciando a carne?
- A proposta é boa, porem no momento só estou querendo tomar meu drink para decidir quando irei subir manja?
- Uh sei eu manjo muito bem seu tipo rapaz.
- Sossega teu facho e me manda duas cervas, uma para mim e uma para a boneca ao meu lado, e não me faça ficar com sentimento de coito interrompido.

Ela saiu bufando e mandou que o garçom me trouxesse mais duas cervejas, eu e Rosa demos risada e continuamos no bom papo.

- Estou afim de você anjo, e vou fazer uma coisa que nunca fiz, saio às onze horas, se você me esperar, eu te pego de carro e te levo pra sua casa.
- A proposta é ótima, eu topo.

A cerveja chegou, bebemos de leve conversando sobre várias coisas, olhei no relógio e vi que já eram mais de nove e meia, falamos sobre música, filmes e livros, ela me disse que tinha que ir andar para que não encanassem na dela, se levantou e pediu para eu esperá-la na esquina e me mandou um beijo, aquele dia seria com certeza um dia de sorte pra mim, caso não ficasse completamente bêbado.
Roberto desceu, os cabelos molhados, um sorriso idiota e sentou-se ao meu lado.

- Man, essa mina é muito foda. Quero come-la mais vezes cara.
- Pronto, vi que você vai falir nesse lugar!
- Claro que não. – Ele me disse olhando para o nada e se servindo de vodca.

Matamos a garrafa em dez minutos, e ele me propôs de ir embora, concordei, pagamos nossas comandas que deram bastante alta, principalmente a de Roberto e saímos, deixamos a comanda com o segurança e fomos em direção ao carro, acendi um cigarro e lhe disse que não iria com ele, lhe expliquei e ele me saudou, fumamos um cigarro juntos e ele se foi, fui pra esquina, acendi mais um cigarro e olhei no relógio, faltavam dez minutos pras onze, puxei uma boa tragada e soltei olhando pra cima, um pouco tonto é claro, um carro parou ao meu lado, a janela desceu e era ela, entrei no carro e lhe disse onde morava, ela ligou o GPS e me deu um beijo, um beijo quente, doce, um beijo que passava tesão a cada mexida de sua língua em minha boca. Ela estava linda, estava de saia, mais uma um pouco maior, os cabelos estavam presos e usava óculos, estava deslumbrante, fiquei pensando em como a vida daquela mulher poderia ser diferente ao meu lado, a cada sinal fechado, nos agarrávamos com sofreguidão, nos querendo amar ali mesmo, sem pudores, naquele momento nos amávamos, nos queríamos, queríamos sentir nossos corpos suados, e dormir abraçados e enrodilhados feito um casal de recém-casados.
Estávamos chegando, pedi para paramos no mercado, falei pra ela ficar no carro que jpá voltava, peguei alguns frios e azeitonas, uma garrafa de vinho tinto suave, uma Pepsi de dois litros para a ressaca do próximo dia, parei no caixa que estava livre, passei os produtos e pedi um maço de Lucky Stryke Silver, paguei e voltei para o carro.

Deixamos o carro dela na minha vaga no estacionamento e subimos nos beijando no elevador, morava no terceiro andar, entramos acendi às luzes, liguei meu iPod e coloquei Beatles para tocar, deixei às compras na cozinha, peguei o vinho e coloquei para gelar, peguei duas latas de cerveja e levei pra sala onde ela estava dançando ao som de Come Togheter, a beijei e abrimos nossas latas, disse que precisava tomar um banho, entrei no banheiro tranquei a porta, abri o chuveiro e sentei na privada, soltei um peido e na sequencia dei uma boa cagada, me limpei e entrei debaixo do chuveiro, tomei um banho rápido e sai, ela estava mexendo em meu iPod e vendo os sons que tinha, sai só de calça, abaixei e beijei sua boca, nos beijamos loucamente, levantei e fui em direção da área de serviço, pendurei minha toalha e coloquei às roupas sujas no cesto. Matei minha lata que já estava quente, e nos beijamos novamente, fizemos amor, não foi sexo e nem muito menos trepada, foi amor, a todo momento fazíamos carinho um no outro e nos beijávamos, foi lindo, a chupada foi fantástica, ela sabia usar a língua, mais foi uma chupada suave e apaixonada, terminamos, gozamos juntos e nos abraçamos, ela começou a chorar, disse que nunca tinha feito amor daquele jeito e me abraçou, adormeceu no meu peito e eu também adormeci, acordei com o despertador barulhento, eram sete horas da manhã, desliguei o despertador.

- Você já tem que ir né?
- Sim, mais não vou, quero ficar com você mais um pouco, vou faltar no trabalho. - Voltamos a dormir abraçados.

Acordamos às dez horas, nos beijamos, me levantei nu, e fui até a cozinha, preparei um café, ela se levantou nua e foi até a cozinha me abraçou por trás, senti seus seios roçarem nas minhas costas, ela beijou meu pescoço, nos servi de café, ela bebia de forma linda, fui até a sala e liguei para o meu chefe.

- Marcelo, oi é o Marlon.
- Pô Marlon o que aconteceu cara¿
- Fui assaltado e estou numa delegacia, hoje não vou trabalhar.
- Você está bem?
- Agora sim, mas estou limpo de tudo, carteira, dinheiro, cartões, tudo mesmo, tenho que desligar, qualquer coisa te ligo.
- Tudo bem Marlon, boa sorte.

Me virei e ela estava com um sorrido de pura malicia, algo maroto, demos risada da minha invenção, e fizemos amor novamente, foi mágico, a pedi em namoro, ela riu, eu disse que queria tê-la em meus braços pelo resto da vida, estava apaixonado por uma garota de programa, no fundo da minha cabeça vinha um aviso de cuidado, mas ignorava e me permitia viver aquele dia, viveria aquele dia seria mágico, seria um dia para se recordar, bebemos o vinho juntos, eu fiz uma porção de frios diversos e azeitonas e comemos e ouvimos música, Chico Buarque foi a trilha da tarde, passavam das quatro horas quando ela disse que tinha que ir, nos abraçamos e nos beijamos intensamente, ela se arrumou e descemos o elevador calados, chegamos ao subsolo.

- Vamos nos ver novamente?
- Sim, nos veremos com toda certeza, adorei ter te conhecido, e com certeza quero te ver de novo. – Ela me disse com voz sincera e apaixonada,  passei meu telefone pra ela, e não peguei o numero dela para não ficar que nem aqueles caras chatos que ligam a cada cinco minutos.

Nos beijamos e ela se foi, subi novamente para o meu apartamento e bebi umas cervejas, deitei no sofá ouvindo Los Hermanos e fiquei pensando na Rosa, meu celular vibrou, era um SMS, estava escrito o seguinte: ADOREI A NOITE, MEU NOME VERDADEIRO É FERNANDA, PASSO AI MAIS TARDE SE VOCÊ QUISER, É SÓ ME LIGAR, UM BEIJO CORAÇÃO.
Levantei do sofá de um pulo só, rindo e cantarolando Frank Sinatra, enfim a vida era bonita pra mim.