quinta-feira, 11 de julho de 2013

Achaque

Estava tossindo feito um cão do inferno.
A tontura e o vomito eram meus melhores amigos, um de cada lado.
Me batiam, riam e peidavam na minha cara.
- Eu sou um grande apedeuta. – pensava

Alguma coisa mais se aproximou de mim,
Me cercou feito um animal faminto,
Senti seu cheiro podre, cheiro de carne queimada.
O hálito era quente,
Não estava me sentindo preparado.
A tontura e o vomito eram meus melhores amigos, sempre estavam ao meu lado.
Me batiam  e peidavam na minha cara.
Mas eu já estava acostumado.
Fechei os olhos, dormi e não acordei mais.

Mais uns anos de vida

Foi na noite que estava bêbado que há conheci.
Fomos apresentados.
Pensei que ela fosse inalcançável para mim, um bêbado e drogado.
Conversamos algo sobre Bowie, me sorriu, nos beijamos.
Diminui com os excessos!

Ganhei mais alguns anos de vida.
Cantamos, dançamos, fodemos e bebemos.
Ela é com certeza uma grande mulher, a melhor que eu jamais imaginei um dia conhecer,
Deu-me mais uns bons anos de vida.

A minha realidade

- Você sabe o que fazem na Índia? – Pedro me perguntou.
- Eu quero que a Índia e você se fodam! – respondi levantando o dedo indicador para o alto.

Não quero saber nada,
Sou alienado, estou farto.
Olho por olho, dente por dente.
Não existe melhor ditado.
A Vida sempre foi assim comigo, sempre me fodeu.
Nós lutamos, eu nunca ganho e já estou vacinado.
Peidei e virei meu conhaque.

Tudo que faço!

Sempre há emoção em cada drink.
Do primeiro ao último, me sinto bem.
Sou um beberão, subjulgo a minha vida.
Vivo, canto, danço, bebo, fumo, como, fodo, peido, cago, durmo...

Amanhã vou acordar cedo. Proletário.
Feliz?
Claro!